quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Rendição

Por um tempo a tristeza me fez bem. Por um tempo, a raiva também. São as pequenas experiências subterfúgicas, os álibis sensoriais. Estou aqui, agora, e estão lá agora. Mas de alguma forma todos e ninguém está. Os álibis sensoriais não fazem mais sentido. Não houve delator também, mas o corpo está nu. Não quer brincar. Não quer sair, não quer sorrir, não quer querer.

domingo, 1 de novembro de 2009

esquina

É porque você não está interessado. Dá pra ver. Te pus em uma roda de fogo, fogo forte, dos que esquentam brasão pra ferrar e marcar a pele. Sinto, sinto...é o que me cabe, somente sentir. E você sonha, sonha. É o que te cabe, sonhar. Eu já fui, já vi, por isso pra mim é um sonho do qual já acordei. Quem sabe um dia durma de novo e então... então será meu sonho também.
É porque não estou em mim, fui à esquina comprar ossos. Enquanto você fica à porta batendo palmas, esperando alguém para abrir.
Se arrombasse! destruisse! Eu estaria lá, moribunda...mas viva e vagabunda!
A dama... essa sim é saudável, mas mora logo ali. Não precisa dizer nada, ela espera à janela, com a casa perfumada de amor.
Siga e não demore para ir...